quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Simplesmente eu. Clarice Lispector


Semana passada assisti em Madureira: Simplesmente eu. Clarice Lispector, com Beth Goulart. Não você não está lendo errado. Foi em Madureira mesmo, no teatro do SESC. Tem que ficar de olho na programação, porque ela não é muito divulgada, mas as atrações são sempre bacanas.
Clarice é minha amiga de infância. Eu sou precoce e dramática desde criança. Na adolescência ficamos mais intima, então o texto dela para mim não é grande novidade. Mas a interpretação da Beth e o figurino me tirou o fôlego. Maravilhoso ambos!
Beth está divina como Clarice. Não parece uma interpretação, parece reencarnação! E eo figurino...ah, o figurino é divino! Tudo bem que tudo veste bem o corpinho de Beth Goulart, mas o bom gosto de tornar a clássica Clarice com elegância viva, a combinação das cores e dos tecidos...esse coube a Marcia Rubin . Parabéns querida, quando eu crescer quero ser igual a você.
Ah, eramos cinco mulheres modernas, determinadas, informadas...e no final rolou debate sobre esse texto que é a minha cara. Eu confesso: sou assim!

Clarice diz: E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele.”
Perdoando Deus - Clarice Lispector.

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